Após a tragédia japonesa, ficou claro que sempre haverá espaço para a tinta e o papel. Em poucos minutos, pessoas que estavam habituadas a buscar informações através de instrumentos de última geração, sentiram-se perdidas: sem eletricidade, tudo mudou.
Na cidadezinha de Ishinomaki, os jornalistas do único jornal Hibi Shimbun, tomaram uma decisão: escreveriam seus artigos com canetas hidrográficas em grandes folhas de papel branco. Hiroyuki Takeuchi, o chefe de reportagem e outros da equipe copiavam em folhas menores para distribuir nas escolas e abrigos que acolheram os sobreviventes. “As pessoas que sofrem uma tragédia como essa precisam de alimentos, água, mas também de informação”, disse Hiroyuki. Apesar do vulto do desastre e da tristeza instalada, os jornalistas procuravam levantar o ânimo da população “Procurar também coisas que dêem esperança. Essa é a nossa filosofia”, disse Takeuchi.
Neste 7 de abril, PARABÉNS a estes jornalistas japoneses e a todos que, como eles, nos momentos de calamidade conseguem dosar, na medida certa, a informação importante com a esperança necessária.
Imagem: upblogs.net
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