“Vivemos” em uma sociedade competitiva, onde o ser humano se tornou inimigo de tudo que a natureza criou e portanto de seu semelhante e de si mesmo. A ansiedade, o desejo de ser (poderoso, milionário etc) e consequentemente o medo do insucesso comandam o que fazemos. Nossos relacionamentos são superficiais: falamos demais, quase sempre querendo provar que temos razão; escutamos pouco, logo, de fato, nada ouvimos; e assim impedimos que as relações se façam. Estamos destruindo a vida na Terra, o caos mundial invadiu nossos lares e fingimos nada ver. Por que? Poucas vezes, observamos os fatos e agimos verdadeiramente, com base apenas no que o desafio presente nos indica. Insistimos em usar o pensamento com suas idéias velhas e inadequadas.
Anos atrás, trabalhei com um amigo que apresentava essa capacidade perceptiva. Certa vez, tomamos um táxi para ir a uma reunião e o motorista saiu dirigindo literalmente feito um louco. Diante do fato, meu colega disse, com toda a calma, ao motorista: “companheiro, vá devagar que estou com pressa!” Depois de algum silêncio, o motorista retrucou: não entendi. Meu colega, impassível, falou: “não entendeu? Eu explico: do modo como você está dirigindo, nós vamos bater e, no mínimo, vou perder o meu compromisso. Portanto, vá devagar que estou com pressa!”
Será que não podemos ir “mais devagar” e atentar para nossos desafios diários, já que a própria sobrevivência do ser humano no Planeta está a exigir respostas urgentes e inteligentes de nossa parte?
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