terça-feira, 5 de abril de 2011

CRÉDITO E JUROS: O ARROCHO ESTÁ AUMENTANDO, MAS...

A inflação está incomodando, e muito, ao governo. Em novembro de 2010, o Banco Central decidiu que o pagamento mensal mínimo pelo cliente da fatura de cartão de crédito não poderá ser menor do que 15% e 20% do saldo total da fatura, a partir respectivamente de 1º de junho e de 1º de dezembro deste ano. Na prática, menos dinheiro no bolso do cliente e consequente redução no consumo. Em março passado, o Banco Central elevou a taxa básica de juros da economia (SELIC) para 11,75% a.a. A medida deve causar o aumento das taxas de juros dos empréstimos bancários aos clientes e, há no mercado, quem espere pelo menos mais duas elevações da SELIC neste ano.
Além do mais, diante da redução do risco Brasil ocorrida nesta semana, segundo avaliação da Fitch, uma das entidades avaliadoras do risco de empresas e países, a especulação deve aumentar e é esperada uma nova enxurrada de dólares no mercado brasileiro. Se o governo brasileiro nada fizer, embora o próprio Ministro da Fazenda já tenha afirmado que novas medidas serão tomadas, o real sofrerá novas valorizações e teremos mais importações, menos exportações, mais viagens ao exterior, grandes prejuízos para a indústria e o emprego locais e a política econômica do País pode cair em descrédito. O pior é que a Fitch e suas coirmãs internacionais têm errado e muito e há muitos anos. Mas para os vorazes recursos especulativos, que giram o mundo mais rápidos do que naves espaciais, desde que haja a expectativa de uma saída rápida ao menor sinal de perigo, tudo bem. Mal ficaremos nós, se não abrirmos os olhos. Já dizia o Sr. Buda: "caminho do meio, caminho do equilíbrio!"
Nós da equipe do EI! fazemos um paralelo: "se levamos anos nos alimentando parcimoniosamente, e, de repente, resolvemos comer exageradamente, este excesso pode até nos matar. Menos consumo e viagens podem ser aparentemente ruins para desejos furiosos, entretanto, a médio/longo prazo podem ser nossa desgraça. As famílias brasileiras, estatisticamente, já conseguiram ultrapassar proporcionalmente o endividamento das famílias americanas, o que é algo surpreendente! Ignorar o que a própria vida está nos mostrando e lutar contra o fato, geralmente é fatal.
Imagem: es.123rf.com

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