segunda-feira, 27 de outubro de 2014

VALE A PENA SER PROFESSOR PÚBLICO NO BRASIL?


Neste final do Mês do Professor e profissionais
com poucos motivos para comemorar, é hora do balanço
Reconhecida como um dos pontos mais importantes para o desenvolvimento socioeconômico de qualquer país, a educação tem contribuído para o crescimento de várias nações. Como exemplo, podemos lembrar a Coreia do Sul e a China aonde o progresso chegou depois de um maciço investimento em educação e no instrumento que faz a educação acontecer: o professor.
No Brasil, as eternas promessas não se realizam. Cansados de esperar por melhores dias, os professores veteranos acabam se afastando, precocemente, da carreira. Eles alegam que os baixos salários, as precárias condições de trabalho, extensa jornada, a violência na escola e a falta de perspectiva profissional estão contribuindo para o adoecimento da categoria. O afastamento da sala de aula é notado com maior intensidade, na escola pública, que é principal instrumento de inclusão social.
Com os professores se afastando e o alunado crescendo deveria ser priorizado um trabalho de estímulo à entrada de novos concursados na rede. Entretanto, trabalhos realizados em 2013, na Faculdade de Educação da USP, mostram uma triste realidade: no Brasil, a profissão de professor atingiu o mais alto desprestígio, de toda sua história. Dos alunos licenciados em Matemática, Física e Química, metade não pretende assumir a sala de aula.
Este afastamento das novas gerações está comprovado, também, em estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). No mesmo trabalho o Brasil é apontado como um dos países que remunera pior o professor.
Esse desprestígio pela profissão pode levar a uma total carência de professores de ensino médio na rede pública brasileira, ainda nesta década. Esta é uma avaliação da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).
Todo este caos é pelo fato de que temos enfrentado governos que não reconhecem a educação como questão de segurança nacional. É um equívoco achar que segurança se faz com armas. Segurança se faz com educação.
É impossível continuar ignorando a importância vital da escola pública para a transformação desta sociedade, que aí está: caótica, violenta e desigual. O preço que estamos pagando por esse descaso, já é visível. Se hoje sofremos com o nível da corrupção brasileira e se os índices de violência estão acima do aceitável - se é que existe um nível aceitável - é porque, não priorizamos a educação e ainda não constatamos que a crise educacional é indissociável da crise social.
Por isso, cada um de nós que acredita na força transformadora da educação, precisamos exigir que os governantes remunerem os professores e ofereçam  condições de trabalho condizentes com a sua imensa responsabilidade que é, segundo Immanuel Kant, a de “educar as crianças não para o presente, mas para uma melhor condição futura da raça humana”.
Quanto à pergunta ‘Vale a pena ser professor público no Brasil?’ a resposta depende do tamanho da vocação de cada um:
Se não existe, desiste.
Se é pequena, esquece.
Mas se é um caso de amor, corre atrás. Sabemos que a escola pública só está de pé porque ainda existem valorosos professores desenvolvendo projetos que fazem diferença.

Texto: Maria Lucia Sardenberg
Imagens: gestaoescolar.abril.com.br / salutarbuffet.blogspot.com

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

CINE CLUBE ALIANÇA FRANCESA DE NITERÓI


CINEMA 

Ciné-club Jean Vigo: Todas as últimas segundas- feiras do mês às 19h / entrada gratuita sujeita a lotação / filmes com legenda em português 

PARADE

27 de outubro às 19h
 
De Jacques Tati. Com Jacques Tati. Comédia em cores. 85'. Classificação etária livre. 

O filme mostra as aventuras de duas crianças por detrás da lona de um circo provinciano. O diretor também aparece como um dos artistas do espetáculo, entre saltimbancos, mágicos e espectadores encantados. *Grande Prêmio do Cinema Francês, Palma de Ouro no Festival de Moscou, Prêmio no Festival de Londres 1975 

LOCAL: Aliança Francesa de Niterói, Rua Lopes Trovão, 52 - Icaraí – 2610-3966

Imagem: cedida pela Aliança Francesa de Niterói

sábado, 18 de outubro de 2014

UPPES COMEMORA 69 ANOS COM CERIMÔNIA NA CASA DO PROFESSOR



Em comemoração aos 69 anos da União dos Professores Públicos no Estado do Rio de Janeiro (UPPES) a diretoria da entidade homenageou com a medalha Ícones da Educação dez personalidades de vários municípios do Estado do Rio, que se destacaram, por seus trabalhos, na área educacional.
O evento, que ocorreu na Casa do Professor, contou com a presença de autoridades como o Secretário de Estado de Educação Wilson Risolia, o deputado estadual Paulo Ramos e o deputado federal Alessandro Molon. Também marcaram presença os integrantes das diretorias executiva e regionais, conselheiros e professores sindicalizados.
A presidente da UPPES, Teresinha Oliveira Machado da Silva, durante sua fala, enalteceu a importância do professor para o desenvolvimento econômico e social do Brasil e lamentou que a educação careça de políticas públicas que façam do magistério público uma profissão atraente.
Ao anunciar a presença de Wilson Risolia, Teresinha comentou o empenho que o secretário vem demonstrando na busca pela qualidade na educação pública. “Em sua gestão o Estado do Rio de Janeiro ficou em terceiro lugar no IDEB (Índice de desenvolvimento da educação básica) entre os Estados do Brasil. Ele tem sido bastante presente nas discussões e nunca se esquivou dos encontros quando solicitado por nós”, declarou a presidente.
Imagens: Rafael Sardenberg

Presidente  Teresinha O. Machado da Silva, diretores e advogados da UPPES
Secretário Wilson Risolia e presidente Teresinha Machado da Silva
Geral do salão - em destaque mesa de diretores regionais
Professor Nery Steling, professora Teresinha Machado da Silva e deputado Paulo Ramos
Geral do salão
Grupo alegre entre a secretária Sônia Sardela e a diretora Vanença Moraes




















quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O PAPEL DA EDUCAÇÃO E DO PROFESSOR NA TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE

Por mais de cinquenta anos, o filósofo e educador Jiddu Krishnamurti viajou por vários países proferindo palestras públicas sobre temas pertinentes à vida humana. A educação foi um assunto ao qual ele muito se dedicou. Krishnamurti considerava que o propósito da educação não deve ser apenas o de preparar os jovens para serem aprovados em exames. Ele dizia: “A verdadeira educação deve produzir liberdade, amor, o florescimento da bondade e a completa transformação da sociedade”. Para aplicar essa visão inovadora ele fundou escolas na Índia, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Em suas palestras ele afirmava que o papel do professor é de primordial importância na civilização.

Abaixo, trechos de algumas palestras.

"O professor precisa estar além dos limites da sociedade e de suas exigências para ser capaz de criar uma nova cultura, uma nova estrutura, uma nova civilização; mas atualmente estamos apenas preocupados com a técnica de como educar um menino ou menina sem cultivar a inteligência do professor - o que me parece completamente fútil. Estamos agora principalmente preocupados em ensinar uma técnica e aplicar esta técnica à criança e não com o cultivo da inteligência, que a ajudará a lidar com os problemas da vida".

"É possível proporcionar o ambiente certo, as ferramentas necessárias e tudo mais, porém o importante é o educador descobrir o que significa toda esta existência. Porque vivemos, lutamos, educamos, porque existem guerras, discórdia permanente entre os seres humanos? Estudar todo esse problema e pôr nossa inteligência em ação é seguramente a função de uma verdadeiro mestre".

“O professor que está se dedicando, crescendo, despertando a inteligência na criança porque está cultivando a inteligência em si mesmo, tal professor tem o lugar principal na civilização. Afinal, as grandes civilizações estiveram baseadas em professores, não em engenheiros e técnicos. Os engenheiros e os técnicos são absolutamente necessários, mas aqueles que despertam a inteligência moral e ética são obviamente de primordial importância”.

Quem é Jiddu Krishnamurt? 
Ele nasceu no sul da Índia em 1895 e faleceu em 1986, nos Estados Unidos. Foi educado na Inglaterra pela Sociedade Teosófica, da qual se desligou em 1929. A partir desse episódio, a obra de Krishnamurti começa a espalhar-se pelo mundo, graças às suas conferências públicas e aos acampamentos anuais.
A partir dos anos 60, seu trabalho como palestrante passou a ser gravado e posteriormente filmado e transformado em livros. Sendo assim, todos os seus ensinamentos podem ser encontrados na forma de livros e DVDs, sem nenhuma alteração ou deturpação. Eles abrangem a Psicologia, a Filosofia, a Pedagogia, a Física Quântica e a Metafísica. O estudo de sua obra está incluído no currículo de 180 universidades da América
Krishnamurti e estudantes da Oak Grove Scholl - Califórnia

DENISE BERBERT EXPÕE SEUS TRABALHOS EM NITERÓI, NO RIO DE JANEIRO E PARIS

A artista plástica Denise Berbert, nascida em Friburgo e estabelecida em Niterói, abre sua temporada de exposições com tema Sobrepontos, na Aliança Francesa de Niterói no dia 13 de novembro. A partir do dia 5 de dezembro, os trabalhos podem ser vistos no Consulado Suíça – Casa da Suíça, no Rio de Janeiro.

A convite da curadora Heloiza de Aquino Azevedo, ela participa, pela segunda vez, de exposição no Carrousel du Louvre, em Paris, em 24 de outubro. O nome da artista brasileira foi incluído no Guide Biennal d’Art Contemporain, que será lançado no festival de Viena e também no Vernissage da exposição.

Heloiza de Aquino considera que a arte de Denise “veste a cidade maravilhosa que fica eternizada na contemporaneidade de forma lúdica, envolvente e sedutora, logo ao primeiro olhar”.

Os quadros multicoloridos de Denise apresentam elementos do cotidiano carioca. O Cristo e o Pão de Açúcar; as praias e os guarda-sóis; o malandro, a mulata e também as colunáveis estão retratadas, com a graça, nos delicados pontos.

Licenciada em Arte Educação com habilitação em Artes Plásticas, Denise coordena vários projetos, desenvolve oficinas e ministra palestras na área buscando, sempre, compartilhar com as novas gerações seu conhecimento e vivências.

Como ilustradora e artista plástica Denise recebeu, em 2007, o prêmio Galdino do Vale, pelo conjunto do seu trabalho.






terça-feira, 14 de outubro de 2014

O USO EXAGERADO DE ANTIBIÓTICOS, O FRANGO E AS SUPERBACTÉRIAS

Com a alta de preço da carne de boi, é natural que as pessoas a substituam pelo frango, que é considerado mais saudável que a carne vermelha. Mas é preciso cuidado na hora de escolher o ‘franguinho’ nosso de cada dia. 
No programa Em Pauta, na Globo News, alguns dias atrás, o jornalista Jorge Pontual falou sobre o aumento de pessoas infectadas pelas superbactérias no mundo, em função do uso indiscriminado de antibióticos. O jornalista lembrou que, além do antibiótico que usamos para tratar doenças, também ingerimos, muitas vezes sem saber, esse medicamento na alimentação. Pontual citou o caso do frango que é alimentado com ração onde é adicionado antibiótico. O medicamento, que deveria ser usado apenas em caso de doenças, é utilizado também para acelerar o crescimento da ave.


No Brasil, o uso de antibiótico em aves e outros animais para abate ainda é permitido. Mas em relatório de 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) demonstrou que o uso indiscriminado do medicamento aumentava a resistência de certas bactérias e, a partir de 2013, a Agência Reguladora de Remédios dos EUA (FDA) deu início a uma política de redução no uso de antibióticos nas carnes. 
Segundo o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, hospital de referência nacional em doenças infectocontagiosas, a utilização exagerada de antibióticos é considerada uma das principais causas da onda de “superbactérias” pelo mundo. 
Um relatório da Organização Mundial de Saúde apontou que as pessoas estão morrendo de infecções simples, que eram tratáveis há décadas. “Essa grave ameaça já não é uma previsão, mas uma realidade em cada uma das regiões do mundo e todos, independentemente da idade e do país, podem ser afetados”, alertou o subdiretor-geral da OMS para a Segurança Sanitária, Keiji Fukuda.


Para quem deseja diminuir a cota de antibiótico no organismo é bom saber que dos 4 tipos de frango encontrados nos supermercados brasileiros, apenas um é livre de antibióticos. O frango convencional é o que recebe maior dose do medicamento que é usado tanto como prevenção quanto para tratamento de doenças. O frango orgânico, assim como o caipira recebem antibióticos só em caso de tratamento de doenças. Apenas as aves tratadas com medicamentos fitoterápicos e probióticos são classificadas como ‘livres de antibióticos’.
Imagens: uipi.com.br / fenata.com.br

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

'BULLYING: EDUCAÇÃO E DIREITOS' SERÁ TEMA DE PALESTRA NA OAB-NITERÓI

A OAB-Niterói, através da Comissão de Direito Educacional, presidida por Ricardo Ferreira Durães, promoverá palestra sobre o tema “Bullying: Educação e Direitos”, dia 16, às 19 horas, no auditório da entidade. 
Os palestrantes serão Débora Silva Vicente, promotora de Justiça e subcoordenadora do Centro de Apoio Operacional Educação do Ministério Público do Rio; Iolanda de Oliveira, pedagoga, professora da UFF, mestre em Educação e doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano; e Rosiane Rodrigues, jornalista, mestre em Antropologia e especialista em História do Holocausto. Será atribuída carga horária para estudantes.
Imagem: blogsdaucam.blogspot.com

sábado, 4 de outubro de 2014

SAUDADES DE RECEBER E ESCREVER CARTAS




Hoje acordei saudosa de coisas que, há tempos, não faço. Saudades de banho de rio e cachoeira; de caminhar por estrada de terra, sem barulho de carros ou motos; de balançar meu corpo numa rede; de cantar no chuveiro e de escrever cartas.

Sim, escrever cartas. Sentar-me numa cadeira e, sobre a mesa, ter uma folha em branco aguardando que eu a preencha de palavras amigáveis dirigidas a alguém de meu afeto. Já nem lembro a última vez que escrevi uma carta nem a quem remeti. Por certo, caprichei na caligrafia, rasguei muitas folhas e refiz inúmeras vezes o trabalho até dar-me por satisfeita antes de dobrar as folhas e envelopar, escrevendo com letras graúdas o destinatário e o remetente.

Sinto falta de receber pelos correios algo mais do que correspondência comercial. Hoje, face book e e-mail não me bastam.

Sinto vontade de escrever para alguém dizendo de minha alegria em tê-lo na lista de meus amigos. Perguntar como ele está de saúde e como vai a família. Confessar que gostaria de estar com ele, abraça-lo muito e conversar, sentados embaixo de uma árvore florida. Ou, quem sabe, ficar de mãos dadas, sem dizer nada, pois muitas vezes o silêncio fala mais do que mil palavras.

Sinto vontade de fazer isso. De tirar um tempo e escrever sem pressa, passando para o papel o que me der na cabeça. Mas aí vem o pensamento, esse inimigo das coisas boas e me detém alegando que vou ser chamada de louca e retrógrada.

E tem mais, afirma o diabinho: “Você acha que, no mundo de hoje, alguém tem tempo para ler longas cartas? No máximo, vão curtir e responder pelo face.

Resolvi, então, não escrever. Mas a vontade continua.

Imagem: casinhadecorreio.com.br
Texto: MLSardenberg

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

OAB-NITERÓI PROMOVE DEBATE SOBRE 'AS NOVAS DIRETRIZES DO MANDADO DE SEGURANÇA'

Dois desembargadores e uma juíza irão discutir “As novas diretrizes do mandado de segurança” durante debate que acontecerá na OAB-Niterói no próximo dia 8 de outubro, às 18 horas, no auditório da entidade. 
Coordenado pela Comissão Artística e Cultural, presidida por Rosa Cláudia da Silva Ribeiro, o evento tem como convidados os desembargadores Alexandre Freitas Câmara e Nagib Slaibi Filho e a juíza Maria Cristina Gutierrez Slaibi, titular da 3ª Vara Cível da comarca do Rio de Janeiro. 
Imagem: blogsdaucam.blogspot.com