terça-feira, 3 de janeiro de 2012

CLIMA NO BRASIL: NO SUL A SECA SE ARRASTA E NO SUDESTE A CHUVA GERA INSEGURANÇA

No sul do Brasil, em áreas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná a seca se arrasta; no sudeste do país, os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro tiveram uma grande precipitação de chuvas que, em alguns municípios, geraram insegurança.
Devido à estiagem, Rio Grande do Sul contabiliza 32 municípios em situação de emergência e mais 22 em estado de alerta notificadas à defesa civil. A queda na produção de grãos como o milho e a soja chega a 70%; alguns produtores tiveram perda total. Com a falta de pastagem para o gado, a indústria do leite também calcula um prejuízo de 30%. Na região sudeste, moradores de cidades como Nova Friburgo (RJ) começam 2012 apreensivos com as fortes chuvas de verão. Muitos ainda não se refizeram da catástrofe ocorrida em janeiro de 2011. No dia 2 de janeiro, cerca de 300 pessoas foram retiradas de suas casas. A chuva provocou a queda de uma barreira e interditou trecho de uma estrada. Estes são os resultados do aquecimento global gerando mudanças climáticas e causando desastres ambientais cada vez mais freqüentes e avassaladores.
É o Planeta se manifestando e exigindo de seus habitantes um posicionamento. Vivemos hoje uma situação insustentável, que tende a se agravar caso medidas urgentes não sejam tomadas, por cada um de nós. A Terra vem perdendo sua capacidade de recuperação e continuamos nos comportando como se os recursos naturais que ela nos oferece fossem infinitos. Nos relacionamos com a natureza de forma perversa e egoísta: enquanto parte da população vive no acúmulo e no desperdício, muitos vivem em situação de extrema carência. Na política mundial assistimos a exploração desenfreada de recursos não renováveis em nome de interesses econômicos enquanto as medidas de proteção ao meio ambiente se arrastam. É preciso uma mudança de mentalidade e ela não ocorrerá a partir de medidas econômicas ou políticas, mas através da educação correta do ser humano.



Krishnamurti: o verdadeiro educador
Desde 1948, muito antes dos debates ecológicos, das discussões sobre efeito estufa e das preocupações com a biodiversidade e desenvolvimento sustentável, Jiddu Krishnamurti alertava para a necessidade de um relacionamento de respeito com todas as formas de vida no planeta. “Por não amarmos a Terra nem as coisas da terra, mas apenas a aproveitarmos (...) perdemos o toque da vida (...). Perdemos o sentido da ternura, essa sensibilidade, essa reação às coisas belas e será apenas com o reavivar dessa sensibilidade que conseguiremos compreender o que é a verdadeira relação.”
Segundo Krishnamurti, a origem da crise está no que somos e para revertê-la precisamos reconhecer que não estamos sozinhos no mundo e, portanto, os recursos naturais devem ser usados de forma criteriosa a atender nossas necessidades de hoje e das futuras gerações. Agindo desta forma é possível que haja uma chance para o homem deixar de ser persona non grata no Planeta.

Imagem: fotosimagens.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário