quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ESCULTURAS DE AREIA

História de novela
Em 1973, a extinta TV Tupi exibiu a novela Mulheres de Areia escrita por Ivani Ribeiro. O trabalho tornou-se um dos maiores sucessos da televisão brasileira, na fase preto-e-branco.
Na história, Tonho da Lua, vivido pelo ator Gianfrancesco Guarnieri, esculpia rostos femininos com a areia da praia na fictícia cidade de Pontal D’Areia. O autor real das obras, Serafim Gonzalez, que fazia parte do elenco foi também o autor das esculturas no remake exibido em 1993, com grande índice de audiência, já na TV Globo.
Para comemorar os 60 anos da TV brasileira, a Globo colocou a história novamente no ar, no dia 12 de setembro passado, no programa Vale a Pena Ver de Novo.
A vida como ela é
Na praia de Icaraí, Rafael Tavares sustenta a família - a mulher Juliana e a pequena Ana Maria, de 1 ano e 8 meses - com a arte de esculpir em areia.
Morador de Belford Roxo, Rafael conta que foi pegando sol na praia de Copacabana e observando por uma semana um escultor, que descobriu o “dom que Deus lhe deu”. Sua primeira experiência foi recuperar o ‘castelo’ que viu ser construído: “o dono ficou fora uns dias. O castelo desmoronou e eu reconstruí”. Depois fez seu próprio castelo. Antes de vir para Niterói, Rafael passou por Angra dos Reis e Muriqui, distrito de Mangaratiba.
Ele fez seu “monte” em Icaraí no ano de 2001, e desde então vem encantando os moradores com suas esculturas: “comecei com castelos depois fui desenvolvendo outras técnicas”. Rafael já fez uma escultura representando sua própria história de vida mas, na maioria das vezes, a inspiração vem de fatos históricos ou efemérides religiosas.
Fazer uma escultura de areia, como toda obra de arte, não é fácil. O monte de areia é reaproveitado de um trabalho para o outro mas são necessárias várias viagens até o mar carregando baldes de água para fazer da areia um material apropriado para esculpir. As ferramentas utilizadas são simples: pá, balde, algumas espátulas e uma faca de serra. O mais importante, porém, é uma enorme dose de paciência.
Imagem: Rafael Sardenberg

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