terça-feira, 12 de março de 2013

AMERICANAS NÃO DESCEM DO SALTO

Para não abrir mão do salto alto as mulheres americanas amputam o dedinho dos pés para que os sapatos não incomodem 

Os primeiros modelos de sapatos de salto altos foram encontrados em uma tumba do Antigo Egito e datam do ano 1000 aC. No século XVI Catarina de Médici, devido a sua baixa estatura, utilizou sapatos de salto em seu casamento com Henrique II, da França. Ao chegar a Paris ela trazia em sua bagagem uma série de sapatos com saltos produzidos por um artesão italiano. Assim foi introduzida a moda dos saltos altos na história da aristocracia europeia. Hoje, o sapato de salto é usado como acessório de alto luxo, obrigatório nas produções femininas. Mas é preciso ficar de olho, o uso em excesso pode causar problemas para a saúde. O peso e a pressão que o salto faz nos dedos dos pés podem causar encurtamento dos músculos da panturrilha, tendinite, fraqueza muscular, ruptura de ligamentos, entorse, degeneração do osso do calcanhar e tornozelo, além do aumento da lordose lombar, dores nos joelhos, calosidade, joanetes e unhas encravadas, caso o sapato tenha bico fino. Com o passar dos anos podem surgir deformidades provocadas por problemas no quadril. De acordo com a Associação Americana de Podologia Médica, 87% das mulheres do país tem algum problema no pé ocasionado por calçados desconfortáveis. Como descer do salto não está na lista de opções das mulheres americanas, a medicina foi buscar outra alternativa: se o problema está na pressão dos dedos, é possível recorrer a cirurgias plásticas que acabam com o desconforto, algumas vezes de forma drástica: amputando dedinhos. Segundo a Revista Galileu é o que está acontecendo nos Estados Unidos, onde a prática cresce a cada dia. São três os procedimentos mais procurados: retirar o dedinho, diminuir o tamanho de algum dedo ou injetar colágeno na sola do pé, próximo aos dedos, para deixá-la mais acolchoada. Pelo visto, a beleza e a altura do salto é o que conta ao se escolher um par de sapatos. Pelo menos para as muitas americanas que optam pela cirurgia.
Imagem: fernandaalbuquerque.com.br

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