O imenso território brasileiro deu margem para enraizar a cultura dos lixões e aterros, que crescem a cada dia. Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que Brasil perde cerca de R$ 8 bilhões anualmente por não reciclar resíduos sólido. O país recicla apenas 1,4% do que produz. São 61 bilhões de toneladas de detritos por ano, que muitos de nós nem sabe para onde são levados. Mas, se nada fizermos, se não houver colaboração, ele vai chegar à nossa porta. E aí?
O lixo que se espalha pelas ruas
Além do volume recolhido porta a porta também existe o lixo que se espalha pelas ruas. A situação chegou a tal ponto que algumas cidades já possuem lei que pune, com multa, quem joga lixo nas ruas.
No Rio de Janeiro ela já entrou em vigor e nas primeiras horas multou trinta e sete pessoas. O Programa Lixo Zero prevê a aplicação de multas que variam de R$ 157 a R$ 3 mil.
Segundo matérias publicadas em jornais as pessoas que foram flagradas não se recusaram a apresentar a identidade para o agente municipal e declararam apoiar a lei. Algumas alegaram que a falta de lixeiras contribui para a sujeira nas ruas. Será?
Tóquio - lixo é responsabilidade de quem produz
Não é fácil encontrar lixeiras nas ruas de Tóquio e, ainda assim, elas estão entre as mais limpas do mundo.
Os japoneses aprendem, desde muito pequenos, que o lixo é responsabilidade de quem o produz e se desfazer dele, de forma correta, é lei. O território japonês não dispõe de espaço para lixões então tudo tem que ser reaproveitado.
Em um dos bairros mais modernos da capital japonesa o reaproveitamento do lixo é de 100%. A parte biodegradável vira fertilizante; o restante é enviado para a usina de processamento e a energia produzida é utilizada pelos prédios da região.
Essa é a forma correta de se lidar com o lixo: educação e conscientização. Exatamente o que ainda falta em nosso país.
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