quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PRESIDENTE DA UPPES NA LUTA PELA VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

Como sindicato dos professores públicos no estado, a UPPES trabalha em defesa da valorização do Magistério fluminense há 67 anos. E em 2012 não foi diferente, como relata a presidente da entidade, professora Teresinha Oliveira Machado da Silva. 
Segundo ela, neste ano, toda a relação da UPPES com o governo se deu através do secretário Estadual de Educação, Wilson Risolia. “Tivemos importantes reuniões, tanto na Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) como na Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag), com o secretário Sérgio Ruy. Para a professora, estes encontros resultaram em melhorias para o magistério estadual, como a antecipação das parcelas do Programa Nova Escola e os Enquadramentos por Formação. “Apesar de poucos avanços, podemos ressaltar que reivindicamos de maneira veemente as melhorias para o professorado fluminense”. Teresinha destaca ainda a atuação da UPPES nas audiências da Comissão de Educação da Alerj, onde a entidade participa do debate democrático, levando sempre as necessidades e a realidade do professor público do Estado do Rio de Janeiro. 
Sobre a questão salarial, a professora afirma que não houve avanço. “Não aconteceu o reajuste anual para o professor do estado. Ficamos apenas com as incorporações das parcelas do Nova Escola. O salário do professor ainda está muito longe do merecido. Para manter uma renda significativa, o professor precisa trabalhar em várias escolas, alguns trabalham até 60 horas semanais, o que, ao longo do tempo, compromete a saúde e a qualidade do trabalho desse professor”. Segundo Teresinha, o magistério, hoje, é uma profissão pouco valorizada, tanto salarial quanto socialmente. “Entre os servidores públicos é uma das carreiras mais mal pagas no Brasil, do nível médio ao superior, ao se comparar com outras que requerem a mesma escolaridade, apesar de ser uma profissão de suma importância, imprescindível para o desenvolvimento do país”, afirma. 
As reivindicações dos professores do Estado do Rio de Janeiro vão muito além da questão salarial. “Podemos citar: infraestrutura adequada, na maioria das escolas públicas; mais recursos materiais e humanos para apoiar o trabalho do professor; diminuição da carga horária; redução da violência nas escolas, e maior participação dos pais. Sempre batemos na tecla de que a valorização de um país deve começar pelo salário do professor. O Brasil só irá avançar se investir em Educação, começando pelo magistério”, defende Teresinha. 
A professora destaca como positivos o reconhecimento da UPPES como entidade que luta pela Educação do estado e o diálogo permanente com o secretário Wilson Risolia, sempre aberto ao diálogo e disposto a ouvir todas as reivindicações da UPPES. “O saber ouvir é fundamental para o desenvolvimento em qualquer situação. A UPPES como a instituição representante dos educadores do nosso estado tem atuação e contato direto com as autoridades. Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) temos o reconhecimento dos deputados, assim como nas diversas câmaras de vereadores em todo estado. No aniversário de 67 anos da UPPES, recebemos moção de reconhecimento da Câmara dos Vereadores de Niterói”, conclui.
Imagem: cedida pela professora Teresinha

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