Os sábios apontaram, para quem quiser entender, que o início não está separado do fim (nem do meio). Em se tratando de mudança de ano, a nosso ver, algumas das questões a serem examinadas são as seguintes: será possível que alguém que inicia um ano bebendo exageradamente, ou consumindo drogas, ou envolvido em ambientes tumultuados, ou se conflitando com outros seres humanos possa ser feliz ao longo do ano que se inicia? Pode o novo se apresentar a seres humanos comandados, em cada desafio, pela reação da memória, manipulada pelo pensamento, ou essa própria reação inviabiliza o novo? Pode haver felicidade quando criamos uma sociedade na qual somos, quase que o tempo todo, competitivos e portanto não cooperativos, ambiciosos, invejosos e medrosos?
Estamos nos questionando, caso contrário mais uma vez seremos iludidos pelo grande vilão da humanidade, o pensamento. Há milênios somos comandados por essa entidade que sempre quer ser mais do que a Vida e, manipulando a memória, interfere sobre o novo, momento a momento. Por que o pensamento não se manifesta apenas para aquilo em que ele é necessário, por exemplo: para saber onde moramos, para efetuarmos cálculos etc? A questão é: por que o ser humano armazena na memória o prazer ou a dor que associa a cada fato e a cada novo desafio o pensamento busca essa associação que já é velha para responder ao desafio do presente?
Parece-nos que se nos dispusermos realmente a investigar nossa maneira de pensar, falar e atuar, possamos nos desejar um Feliz Ano Novo.
Imagem: anonimousleftywordpress.com
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