O texto abaixo foi extraído de uma das palestras que Jiddu Krishnamurti proferiu no ano de 1948. Na ocasião ele investigou sobre a possibilidade de se descobrir uma forma de viver corretamente.
Disse ele: “Em meio a tanta confusão e sofrimento, é essencial encontrar um entendimento criativo de nós mesmos, pois sem ele nenhum relacionamento é possível. (...). Nem líderes, nem um novo conjunto de valores, nem um projeto pode produzir este entendimento criativo; somente através do nosso próprio esforço correto pode haver entendimento correto”.
“De onde começaremos a descobrir o que é real, o que é verdadeiro, em toda essa conflagração, confusão e miséria? Não é importante descobrirmos, por nós mesmos, como pensar corretamente sobre a guerra e a paz, sobre a condição econômica e social sobre nosso relacionamento com os nossos companheiros? ”, indagou Krishnamurti.
Segundo o educador, nossos pensamentos são imitativos e ele afirma não ser o pensar correto. “Como vamos, então, começar a descobrir, por nós mesmos, o que é o pensar correto? Sem o pensar correto não é possível a felicidade. Sem o pensar correto, nossas ações, nosso comportamento, nossos afetos, não têm base”.
Krishnamurti afirmava que o pensar correto não pode ser descoberto através dos livros ou de palestras. “O pensar correto é para ser descoberto por nós mesmos, através de nós mesmos. O pensar correto vem com o autoconhecimento e isso requer observação constante e uma vigilância meditativa. Sem conhecer-se a si mesmo, você sempre será pego na incerteza, dependendo do humor, das circunstâncias”.
“Esta é nossa primeira tarefa, mesmo antes do problema da guerra e da paz, dos conflitos econômicos e sociais, da morte e da imortalidade. Estas questões vão surgir, elas hão de surgir, mas na descoberta de nós mesmos, no entendimento de nós mesmos, estas questões serão respondidas corretamente. Assim, aqueles que são realmente sérios nestas questões devem começar por eles mesmos, a fim de entender o mundo do qual são uma parte. Sem entender-se a si mesmo você não pode entender o todo”.
Trechos do livro ‘Sobre o Viver Correto’ 1992
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