quarta-feira, 10 de agosto de 2011

SURF: ADRENALINA SOBRE AS ONDAS

O Surf, que consiste em realizar variadas e emocionantes manobras em pé em uma prancha sobre altas ondas, não tem origem cronológica bem determinada. Sabe-se que a prática já existia entre os polinésios, que povoaram praticamente todas as ilhas do Oceano Pacífico, além do litoral pacífico das Américas. Os primeiros relatos do surf dizem que a sua introdução se deu no Havaí, através de um rei polinésio.
Os pontos mais famosos para a prática desse esporte são em parte do litoral da Califórnia, nos EUA, o Havaí e a Austrália, que conta com a mais mítica etapa do Circuito Mundial, Bells Beach, que em 2011, completa 50 anos.
No Brasil, as maiores e melhores ondas para o Surf são encontradas no estado do Rio de Janeiro, devido aos ciclones extratropicais que ocorrem no sul do país. A geografia do estado do Rio e a distância do território de formação dos ciclones dão características peculiares às ondas na região.
As primeiras pranchas, então chamadas de “tábuas havaianas”, chegaram ao país trazidas pelas mãos de turistas e funcionários de companhias aéreas. O esporte foi desenvolvido e iniciado em Santos, por pessoas como Thomas Rittscher Júnior, Margot Rittscher, Osmar Gonçalves e João Roberto Suplicy Haffers. Gonçalves era filho de um bem-sucedido exportador de café, que lhe trouxe dos EUA um exemplar da revista Popular Mechanic, que em um artigo ensinava a fazer uma prancha. Foi o que Osmar fez com a ajuda dos amigos João Roberto Suplicy Haffers e Júlio Putz entre dezembro de 1938 e janeiro de 1939. A prancha media 3,60m e pesava 80 kg.
A evolução mais significativa do esporte no Brasil ocorreu entre 1952, quando um grupo de cariocas, composto por Paulo Preguiça, Jorge Paulo Lehman e Irencyr Beltrão, começaram a descer as ondas em Copacabana com pranchas de madeirite (tipo de madeira feita de finas placas de entalho de madeira), e 1989, quando Henry Lelot e amigos fundaram a Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro – FESERJ. O primeiro campeonato realizado no Brasil foi organizado pela primeira entidade do Surf no país, a Associação de Surf do Rio de Janeiro – em outubro de 1965. Atualmente, as entidades responsáveis pela organização do esporte no Brasil são a Confederação Brasileira de Surf (CBS) – filiada ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Associação Brasileira dos Surfistas Profissionais (ABRASP), sendo que o campeonato nacional chama-se circuito SuperSurf.
Segundo Tony D’Andrea, niteroiense de 31 anos, que desde os 15 anos fotografa esportes e há cinco anos profissionalmente o Surf, o lugar mais legal do mundo que ele visitou como fotógrafo de Surf foi o Havaí. Ele diz ainda que nunca fotografou esse esporte na Austrália, mas que pretende fazê-lo em breve.
D’Andrea viveu durante oito anos em Indianápolis, nos EUA, para onde já regressou para fotografar skate e snowboarding. Em relação ao fato, considerado por muitos, de que os melhores surfistas do mundo são todos havaianos, australianos e americanos, Tony declara: “Eu acho que essa afirmação é coisa do passado. Basta você olhar as últimas competições: nunca se viu tanto brasileiro indo ao pódio e levantando troféus. No mundo do Surf, o Brasil chegou e chegou prá ficar!”
O Brasil conta no momento com grandes surfistas, inclusive o nº 1 do ranking, pela primeira vez na história, Adriano de Souza, o Mineirinho. Além dele, Jadson André, Heitor Alves, Raoni Monteiro e Alejo Muniz fazem parte do Top 30 da Associação dos Surfistas Profissionais.
Imagem: locadafaca.blogspot.com

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