A presidente da UPPES, professora Teresinha Machado da Silva, afirmou que o reajuste de 5% para o magistério não pode ser considerado como um avanço. “Nós lamentamos o percentual de reajuste do professor. Não corresponde às expectativas e não podemos considerar um resultado positivo para a educação”, disse. A seu ver, tal medida reforça a falta de compromisso do governo estadual com a educação pública do Rio de Janeiro. “Nossa reivindicação era o piso de R$1.200, afim de que seja dado o início ao cumprimento da promessa de campanha do governador Sérgio Cabral”, afirmou. A professora Teresinha ainda frisou que a UPPES irá seguir na reivindicação de uma data efetiva para o reajuste anual, já que o mesmo não é cumprido pelo governo. “Que seja em janeiro junto com o reajuste do salário mínimo”, ressaltou. Ela ainda deixou uma mensagem para todos os professores da rede pública estadual. “Não desistam, a profissão é muito importante. Não se sintam desvalorizados, pois desvalorizadas são as autoridades que não valorizam o professor e nem priorizam a educação pública”. Para a educadora, o estado poderia ter firmado um reajuste maior do que o oferecido e a insatisfação da categoria são justificáveis. “Compreendemos a insatisfação dos professores. Foi uma luta muito grande, muitos encontros na Comissão de Educação da Alerj, muitas reuniões, mas o resultado não foi satisfatório”, salientou. Para ela, será difícil para o Rio de Janeiro reverter os baixos índices obtidos, pois o estado é um dos poucos no país que aplica 25%(o mínimo) de seu orçamento em educação. “Isso vem provar, mais uma vez, a falta de prioridade do governo com a educação.A presidente ressaltou que, o governo ainda não cumpriu as promessas de campanha enviadas em carta, pelo governador Sérgio Cabral, de recuperar as perdas salariais do magistério dos últimos dez anos. “Vamos continuar firmes na luta. É decepcionante ver o professor e a educação desvalorizada e fora das prioridades do governador”, disse. Para a sindicalista, o secretário de Educação, Wilson Risolia, precisa estreitar o diálogo entre o governador e o secretário de Fazenda, Sérgio Ruy. “Se não houver um diálogo entre eles, será difícil obter avanços para educação”, afirmou.
O reajuste de 5% para os professores ativos e aposentados foi aprovado pela Alerj, no dia 11 de agosto. O novo índice será aplicado a partir de 1º de setembro. O magistério recebe este ano a incorporação da parcela de 2012 da gratificação e os deputados aprovaram o texto que determina que as demais parcelas sejam liquidadas em 2013.
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