Estudos comprovaram que cerca de 50 motociclistas se acidentam, por mês, em Niterói. Joelhos e tornozelos fraturados são comuns nesses casos; 15% morrem em conseqüência de ferimentos por não estarem com o capacete. Geralmente são homens jovens entre 16 e 40 anos.
Uma geração de pilotos mais consciente está sendo formada como Maria Luiza Cabral e Pétala Fonseca.
As meninas de 7 anos conduzem suas Kawasakis com muita segurança. Ainda não têm idade para enfrentar o trânsito por isso os pais, também motociclistas, levam as filhas para treinar em trilhas sem movimento. Elas aprendem que não devem pilotar sem o traje completo, com todos os quesitos de proteção. Pétala diz que “para pilotar bem é preciso confiar na máquina e tomar muito cuidado”. Já Maria Luiza afirma que “é preciso estar bem equipada e ter responsabilidade”.
Ainda bem que essas meninas estão sendo orientadas corretamente porque uma das coisas mais preocupantes no trânsito é o crescente número de motos disputando espaço com os carros, nas vias públicas. As manobras que muitos deles fazem são de deixar os motoristas de cabelo em pé. Importante ressaltar que muitas vezes o motoqueiro aparenta um total desconhecimento das regras de trânsito.
O Código Nacional de Trânsito exige o uso de capacete, dentro do prazo de validade, e recomenda "trajes adequados". Como não há regulamentação do que é traje adequado, fica a critério de cada um decidir. E muitos decidem que bermuda, camisa de malha e chinelos de borracha são adequados.
É preciso perceber que não é só a cabeça que fica vulnerável durante o tombo. Existe no mercado uma infinidade de acessórios que vão muito além do indispensável capacete. Jaqueta, calça, luvas e botas apropriadas fazem a proteção do tronco, braços e pernas. Como acessórios complementares estão disponíveis cotoveleiras, joelheiras, caneleiras e meias, além dos protetores de coluna e as cintas abdominais protegem o restante do corpo.
Compartilhar as vias públicas com as motos é um fato irreversível. É preciso buscar uma forma menos perigosa de se utilizar o veículo e a prevenção é o melhor caminho. Para começar, é preciso regulamentar o que é “traje adequado” e depois fazer cumprir a lei.
Maria Luiza e Pétala estão aprendendo o certo. Para ambas, “a pior coisa para um motociclista é comprar terra”. E sorrindo, explicaram o significado da gíria: cair da moto. Faz sentido.
Imagem: Rafael Sardenberg
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