A OAB-Niterói promoveu em sua sede, através da Comissão do Movimento Brasileiro Contra a Violência, um debate sobre o tema Niterói sem Violência.
O evento contou com a participação de representantes de vários segmentos de segurança da cidade e a mediação foi do advogado criminalista e presidente da Comissão, Ennio Pratolezi Figueiredo Junior.
Na discussão houve consenso de que a pressão popular foi determinante para dar início ao processo de reforço do efetivo policial do município. Para o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, “Os vários atos de violência, com morte, ocorridos na cidade assustaram a população. No entanto constato um aumento de viaturas e a circulação dessas viaturas nas ruas.”
A opinião, emitida por muitos debatedores, de que os criminosos que aterrorizam Niterói seriam da cidade do Rio de Janeiro foi rebatida pelo secretário de Segurança Pública do Município, coronel Rui Sérgio França de Oliveira. Segundo ele, nas prisões realizadas com a verificação de procedência não há essa evidência.
O corregedor geral do TJ-RJ, desembargador Antonio José Azevedo Pinto descreveu a força do crime que a sociedade precisa enfrentar: “É preciso que nos conscientizemos que a sociedade é organizada e só pode sobreviver se organizada. Os criminosos já estão organizados e têm códigos de ‘ética’, têm códigos penais que nós, civilizados, nós sociedade humana, não temos a menor possibilidade de possuir porque são códigos que afrontam a dignidade, os costumes e todos os princípios de garantia de ordem de paz e segurança.”
O Delegado titular da 76ª DP, Carlos Alexandre Leite Justiniano, lamentou a exposição exagerada da situação da violência em Niterói: “A imagem de risco da cidade gerou enorme insegurança”, disse ele.
Após passar alguns dados sobre a situação da segurança pública, o comandante do 12º Batalhão da Polícia Militar, coronel Wolney Dias Ferreira, afirmou: “Sem medo de ser equivocado digo que Niterói, hoje, é a cidade mais bem policiada do estado do Rio de Janeiro”.
Para o presidente da OAB-Niterói, Antônio José, apesar de se observar que as operações iniciadas já trazem um pouco de tranqüilidade é preciso que se tornem permanentes, pois do contrário o crime crescerá, o que tornará mais difícil o combate”.
Participaram, também: o general Antonio Carlos Machado Faillace, comandante da Fortaleza de Santa Cruz; o delegado-chefe da Delegacia da Polícia Federal em Niterói, Hylton Vieira Junior; o delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Victor Poubel.
Imagem: Rafael Sardenberg
Nenhum comentário:
Postar um comentário