Chuva, rede de esgoto e águas pluviais obsoletas, bueiros entupidos e canais sem drenagem. Essa combinação de fenômeno natural com descaso do poder público tem feito sofrer a população niteroiense.
Há anos, os canais que cortam a cidade não passam por uma limpeza mais profunda. A cada chuvarada, muita terra é depositada nos leitos diminuindo a capacidade de recepção e fazendo com que a água transborde formando bolsões em várias ruas, impedindo a passagem de veículos e de pedestres e causando enormes transtornos.
Através do subsecretário de prevenção de enchentes, Valdir Fernandes, tivemos informações de que a limpeza dos canais de Niterói está em execução em vários bairros. Segundo o subsecretário, são quatro caminhões Vac-all sugando a sujeira dos ralos e equipes retirando a areia e desobstruindo os canais. Ele afirmou que a limpeza acontece principalmente em São Francisco, Charitas, Largo do Barradas, Fonseca, Santa Rosa e Icaraí, locais onde os alagamentos são mais frequentes.
Ele disse que o lixo que fica nas ruas e é levado pelas enxurradas para dentro dos canais dificulta o trabalho de manutenção, mas a proposta é que, após a limpeza profunda, já em andamento, existam equipes distribuídas pelos canais da cidade para retirar qualquer tipo de bloqueio, periodicamente. Valdir Fernandes pede à população que verifique o dia da coleta de lixo em seus bairros e procure não colocar o lixo na rua fora desses dias.
A ação conta ao todo com 2,26 mil operários, sendo 460 da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos e 1,8 mil da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin).
O subsecretário declarou ao jornal EI!: “Os canais de Niterói ficarão no cimento e a água correrá limpa”, e mostrou um caráter de preocupação ecológica em parte da ação, quando comentou: “A areia retirada dos canais passa por um processo natural de limpeza, recebendo sol e chuva, e depois é reutilizada em obras em geral”.
Imagem: Rafael Sardenberg
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