O Rio Carioca, um dos mais importantes da cidade do Rio de Janeiro, nasce limpo
na Floresta da Tijuca e percorre os bairros de Cosme Velho, Laranjeiras, Catete
e Flamengo e deságua no Oceano Atlântico, na Praia do Flamengo.
Em
um momento de crise hídrica, é muito grave a situação deste rio, que quanto
mais se aproxima da zona urbana mais poluído fica, inclusive com esgoto.
No
ano em que se comemoram os 450 anos do Rio de Janeiro, um grande jogo de
empurra sobre a responsabilidade de monitoramento de qualidade da água do Rio
Carioca ocorre entre o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e a CEDAE, órgãos
estaduais, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a Fundação Rio Águas, da
Prefeitura do Rio de Janeiro. No fim das contas, como ninguém assume ser
responsável, perde-se mais uma fonte de água potável, o que já é coisa rara nas
grandes cidades.
O
Rio Carioca tem história: com a intensa ocupação populacional da Tijuca, a
partir de 1818, a mata ciliar dos rios Paineiras e Carioca foi derrubada,
levando ao comprometimento do manancial. Em 1861 o Imperador D. Pedro II, um
homem à frente de seu tempo, já preocupado com a questão ambiental ainda no
século XIX, determinou o reflorestamento da área. Desta forma, a região da
Tijuca recebeu 80 mil mudas de diferentes espécies nativas e exóticas, das
quais 20 mil nas matas do Sumaré e das Paineiras.
Até
hoje, os cariocas recebem água do manancial recuperado.
Pelo
bem precioso que é a água, é necessário pensar em como recuperar e proteger a
qualidade da água do Rio Carioca. Já que as autoridades competentes não atuam,
é louvável a iniciativa que parece estar sendo tomada neste sentido pelo
Engenheiro Civil Antonio Carlos Cardoso Guedes, o Presidente da Associação de
Moradores da comunidade dos Guararapes, Eduardo Duca, e o Engenheiro da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Alexandre Dias.
E
na verdade, mais do que recuperar e proteger a qualidade do Rio Carioca,
deveríamos pensar em como recuperar e proteger os rios das maiores cidades
brasileiras, todos eles, infelizmente, bastante comprometidos.
Imagens:
pt.wikipedia.org
g1.globo.com
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