sábado, 24 de maio de 2014

“QUEM OSTENTA, OS TENTA”.

Em tempo de violência crescente, neste mundo, lembro dessa frase de Artur da Távola.

Na crônica ‘Os muito ricos não gargalham’, de Danuza Leão (2007) a jornalista dá a entender que os “muito ricos” sabem disso e procuram não arriscar.

Alguns trechos da crônica:
“Eles não têm dinheiro no bolso nem chave da porta; não frequentam lugares da moda nem usam roupas com grifes à mostra; não carregam malas nem passaporte. Eles não são ricos: são muito ricos. Eles nunca são vistos nas ruas, nas lojas, nas joalherias. São elas que vão até eles, muito mais prático. Vendedores levam os itens mais novos e exclusivos das coleções e, nas raras vezes em que saem - afinal, às vezes é preciso respirar um pouco de ar puro; se entram num estabelecimento comercial são logo reconhecidos pelos vendedores; a conta vai diretamente para o escritório, e o(s) pacote(s) é(são) entregue(s) em casa, pois rico não carrega embrulho. E cuidado: se acontecer de você sair com alguém muito rico, é capaz da conta sobrar para você, pois rico não costuma levar dinheiro no bolso, nunca.
Não têm a menor intimidade com os empregados e não costumam ter amigos íntimos, por isso quando têm seus problemas existenciais não têm com quem se abrir, pois não costumam frequentar analistas. Imagine, um muito rico ser visto saindo do consultório de um psi.
E os muito ricos, muito ricos mesmo, homens e mulheres, têm uma coisa em comum: nunca ninguém ouviu, e jamais ouvirá, um deles dando uma gargalhada. No máximo, eles sorriem.”

 E você, como se comporta? Você OS TENTA?

Imagem:www.sossegado.com
              


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