* Por Antonio José Barbosa da Silva
Hoje quem sai às ruas em Niterói já sai dizendo "que Deus me proteja". A razão dessa demonstração de fé é simples. A população está se sentindo completamente insegura diante do aumento da criminalidade. A bandidagem não respeita nem mais o trabalhador que ganha salário mínimo. Parece que está matando cachorro a grito e adota aquele ditado: o que cair na rede é peixe.
Hoje quem sai às ruas em Niterói já sai dizendo "que Deus me proteja". A razão dessa demonstração de fé é simples. A população está se sentindo completamente insegura diante do aumento da criminalidade. A bandidagem não respeita nem mais o trabalhador que ganha salário mínimo. Parece que está matando cachorro a grito e adota aquele ditado: o que cair na rede é peixe.
Assaltos e assassinatos já estão se tornando uma triste rotina, desde que começou o cerco aos criminosos pela polícia carioca. A migração de marginais para cá foi crescendo na medida em que o combate aos marginais se intensificava na Capital do Estado e ocorria a redução de PMs na cidade para atender à demanda do lado de lá.
A OAB de Niterói vem pedindo providências no combate aos marginais e um aumento efetivo e duradouro. Nada de vapt vupt. Mas parece que, agora, o grito de SOS da entidade e da sociedade civil ultrapassou a baia e chegou aos ouvidos do governo estadual, que só estava cuidando da cidade do Rio e deixando ao deus-dará o lado de cá, que já foi capital do Estado.
O reforço policial chegou e começou a percorrer a cidade e as comunidades em busca de traficantes, assaltantes e outros tipos de criminosos de todas as idades.
A coisa ficou feia, porque a reação para combater os marginais demorou muito.
Apesar dessa caça aos bandidos, a população ainda está desconfiada, por achar que a ação policial seja passageira e iniciada para dar satisfação ao clamor público diante das eleições que se aproximam. Mas, mesmo assim, teme que com os jogos da copa o policiamento daqui seja deslocado para o Rio tornando Niterói novamente o prato preferido dos bandidos. Por enquanto, está igual a São Thomé: ver para crer. O tempo dirá com quem está a razão.
O combate à criminalidade tem de ser permanente e o aumento do efetivo policial também. O governo tem de abrir concurso para aumentar o número de PMs, já que eles não são elásticos que estica para lá estica para cá a fim de atender aos pedidos de socorro. Todos sabem que o efetivo de policiais está pra lá de carente. Ao lado de admissão, não pode esquecer a obrigação de garantir melhores salários, condições de trabalho e de ampliar o serviço de inteligência para dar o bote certo nos bandidos, reduzindo, assim, os efeitos colaterais.
Qualquer cidadão bem intencionado sabe que há necessidade do fortalecimento das Polícias Militar, Civil e Federal, além das Forças Armadas, da Justiça e o Ministério Público, porque são as únicas instituições que podem garantir a paz, a ordem e os direitos do cidadão. Enfraquecê-las certamente resultará no fortalecimento dos fora da lei de todas as matizes sociais e numa paulada na democracia.
Espera-se que o governo mantenha o policiamento ostensivo e encerre em definitivo o fogo de palha que imperou até agora, única maneira de permitir que a população de Niterói possa ver esse prato diariamente nos cardápios, mesmo no daqueles que são contra por razões ideológicas ou políticas.
Mãos à obra e que Deus proteja Niterói e a transforme novamente na Cidade Sorriso, tão decantada em prosa e verso.
* Antonio José Barbosa da Silva é presidente da OAB de Niterói
Imagem: blogsdaucam.blogspot.com
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