sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ANIMAIS INVASORES - A SEGUNDA MAIOR CAUSA DA REDUÇÃO DA BIODIVERSIDADE


A introdução de espécies exóticas (que não são nativas de determinada região), por acidente ou deliberadamente pelo homem, vem provocando graves problemas nos ecossistemas mundiais. Ela já é considerada a segunda maior ameaça à biodiversidade, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), só perdendo para a destruição de habitats promovida pelo homem. No Brasil, entre os casos mais conhecidos, estão o Mexilhão Dourado e o Caramujo-Gigante-Africano. O Mexilhão Dourado foi levado para a Argentina, provavelmente de forma acidental, na água de lastro de navios cargueiros, Chegou ao Brasil através do rio Paraná, na região Sul, de onde migrou para as regiões Sudeste e Centro- Oeste. 
O Caramujo-Gigante-Africano foi trazido para ser usado na gastronomia. Como o “scargot africano” não foi bem aceito, os criadouros foram abandonados e os animais escaparam. Sem predadores naturais procriaram e invadiram o meio ambiente. 
Estes e outros animais invasores, quando instalados, disputam espaço e alimento com as espécies nativas, alteram o meio ambiente, trazem riscos à saúde humana e geram rombos na economia. No Brasil, segundo o site UOL Educação, o prejuízo causado pelas espécies exóticas invasoras é cerca de US$ 49 bilhões por ano. 
Espécime baiana ameaça os micos-leões-dourados de Niterói 
O mega ecossistema brasileiro, além de sofrer com a invasão de espécies estrangeiras, também sofre com invasores nativos, como ocorreu em Niterói. O Mico-Leão-da-Cara-Dourada, natural da Mata Atlântica do Sul da Bahia, invadiu a Serra da Tiririca, importante refúgio para a fauna e uma área valiosa de pesquisa científica e de educação ambiental: são mais de 150 espécies de aves, algumas ameaçadas de extinção, além de répteis, anfíbios e mamíferos de pequeno porte, como o mico-leão-dourado. 
Há cerca de dez anos, pesquisadores identificaram populações do Mico-Leão-de-Cara-Dourada possivelmente introduzidos na mata por traficantes de animais silvestres. A presença dessa espécie ameaça o Mico-Leão-Dourado de extinção e isso pode acontecer pela competição de território ou pela reprodução entre animais diferentes dando origem a uma espécie híbrida. 
Para evitar o perigo de comprometimento da biodoversidade local, várias instituições estão envolvidas na captura e remoção dos 106 micos invasores. Os animais capturados ficarão em quarentena e só depois serão devolvidos ao seu habitat natural. 
A operação, inédita no Brasil, pode levar 3 anos para ser a concluída.
Imagem: fotosdosarlo.blogspot.com

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