Começou a contagem regressiva para o Rio de Janeiro sediar, pela segunda vez, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que está agendada para os dias 20, 21 e 22 de junho.
Em 1992, a conferência ficou conhecida como Rio/92 e contou com a participação de 179 países que discutiram como conciliar crescimento econômico e social com desenvolvimento sustentável. Um plano de ação com metas visando à melhoria das condições do Planeta foi assinado e esse documento, conhecido como Agenda 21, continua sendo referência para discussões ambientais.
No Rio+20, a redução da pobreza; a questão da água e dos alimentos; a proteção dos oceanos; a criação de medidas de redução de combustíveis fósseis e subsídios a fontes alternativas de energia virão como discussões fortes.
Segundo a ONU, 89% da energia consumida atualmente no mundo vêm dos combustíveis fósseis, com altas emissões de CO2 e a única forma de responder ao desafio de abastecer uma população crescente e cada vez mais dependente de eletricidade e ao mesmo tempo reduzir as emissões de CO2, é investir em fontes alternativas de energia.
Brasil: entre a energia limpa e o pré-sal
Segundo relatório publicado pela ONU, o Brasil é o quinto maior investidor em energias renováveis, se forem considerados biocombustíveis e as produzidas por usinas hidrelétricas. O documento lembra que esses sistemas foram criados há décadas, e que o Brasil precisa investir mais nas energias modernas como a eólica e a solar.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira vem sinalizando com a ampliação de incentivo para ações que visem diminuir os efeitos do aquecimento global. Segundo a ministra, o Brasil já avançou no incentivo à energia com base no uso da biomassa e eólica. Ela afirma que o foco, agora, se volta para a energia solar e para a proveniente dos oceanos e anuncia um incentivo maior no combate a desertificação e na redução da emissão de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020.
A meta fixada pelo governo de que, até 2030, 75% da eletricidade produzida no Brasil seja proveniente de fontes renováveis é elogiada, mas o relatório questiona se as reservas do pré-sal poderiam colocar em risco a estratégia atual para o desenvolvimento das energias limpas no país.
Precisamos estar atentos ao comportamento dos nossos representantes no Rio+20: eles defenderão a integridade do Planeta ou vão optar por investir em novas tecnologias de prospecção de combustível fóssil, nas águas ultra profundas do pré-sal?
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