A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) informou que a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) registrou em 2010 aumento de 83% no número de atendimentos em relação a 2009: foram 734 mil atendimentos, contra 270 mil no ano anterior. De abril de 2006 a dezembro de 2010, houve 1,7 milhão de atendimentos. Do total de ligações, 420 mil foram para pedir informações sobre a Lei Maria da Penha.
Dos 734 mil registros, 108 mil dizem respeito a relatos de violência: 64 mil relativos à violência física, 27 mil à violência psicológica, 13 mil à violência moral, 1,8 mil à violência patrimonial, 2,3 mil à violência sexual, 447 a cárcere privado e 73 a tráfico de mulheres.
Em 2010, foram registradas 59 mil ocorrências de lesão corporal e 15 mil de ameaças, o que corresponde a 55% e 14% do total de relatos de violência, respectivamente.
De acordo com os dados, 47% das usuárias dos serviços possuem nível fundamental de escolaridade, 52% têm entre 20 e 35 anos, e 58% se declaram pardas ou pretas.
Os números apontam que em 72% dos casos, os agressores são maridos, companheiros ou ex-companheiros.
O balanço completo está disponível em www.sepm.gov.br.
Fonte: Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Imagem: topnews.in
Para a equipe do EI!, o que mais impressiona é o absurdo percentual de casos de agressões por parte de maridos, companheiros ou ex-companheiros (72% do total). E ainda nos concedemos o direito de criticar a maneira como as mulheres são tratadas em alguns países muçulmanos. Não que estejamos concordando, mas relações humanas são para servir de “espelho” para o nosso próprio comportamento e, por percepção, não repetirmos o que vemos de incorreto nas atitudes dos outros. Criticar os erros alheios, enquanto sequer atentamos para a dramática situação existente em nossa própria casa, não será apenas hipocrisia?
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