terça-feira, 3 de setembro de 2013

REVOLTA CONTRA O PRESIDENTE LEVA À CRISE HUMANITÁRIA NA SÍRIA

No esteio da Primavera Árabe, iniciada com as revoltas de 18 de dezembro de 2010 na Tunísia, contra o governo do então presidente Zine El Abidine Ben Ali, que acabou fugindo para a Arábia Saudita, lutas por democracia se espalharam por todo norte da África e Oriente Médio, e chegaram à Síria, onde a crise é a mais grave desde o início dos levantes.
O presidente Bashar Al Assad, que governa o país desde 2000, conta com o apoio da China e da Rússia, além da milícia xiita libanesa Hezbollah, uma organização sabidamente terrorista. Do outro lado, a oposição, que luta para tomar o poder, é apoiada pela Al-Qaeda, a organização terrorista por muito tempo comandada por Osama Bin Laden.
No último dia 21 de agosto, mais de 650 pessoas, entre elas muitas crianças, morreram devido à ataque com o gás Sarin, uma potentíssima arma química, com efeito devastador sobre o sistema nervoso central. Acredita-se que esse ataque foi deflagrado pelo governo de Bashar Al Assad.
Os Estados Unidos já cogitam pesados bombardeios sobre o território sírio, para arrasar o país. Mas, infelizmente, bombardeios matam também muitos civis inocentes. Grande parte da população, assustada, já começa a deixar o país, se dirigindo principalmente para a Turquia, fronteira norte do país, que limita-se também com o Líbano e o Mar Mediterrâneo, a oeste, Israel, no sudoeste, Jordânia, no sul, e Iraque, a leste.
Guerras existem, provavelmente, desde o surgimento da espécie humana, e só a nível mundial, tivemos duas, a Primeira, de 1914 a 1918, e a mais devastadora de todas, a Segunda, de 1939 a 1945, com todas as atrocidades cometidas principalmente pelo líder alemão, Adolf Hitler. Mas guerras nunca foram, e nunca serão, solução para nada.
Os seres humanos gabam-se de serem os únicos seres vivos racionais, mas são os únicos que matam seus semelhantes por matar, diferentemente dos animais assim chamados irracionais, que só matam para se alimentar. Somos realmente racionais?
Imagem: dm.com.br

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