quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PROJETO GRAEL: 12 ANOS DE SUCESSO

O Projeto Grael, criado em 1998, pelos velejadores Lars Grael, Torben Grael e Marcelo Ferreira, sediado hoje em Jurujuba, em Niterói, dá oportunidade de uma vida melhor a muitas crianças e jovens, através do Instituto Rumo Náutico.
Segundo Fernanda Claussen Hoffmann, coordenadora de Iniciação Esportiva (Natação e Vela), o objetivo do projeto é a popularização do esporte, e através da vela obter uma educação completa, não-formal, com as crianças da rede municipal e estadual de ensino.
Sobre como é feita a seleção dos alunos para o projeto, Fernanda declara: “Para participar do Projeto Grael a criança só precisa estar matriculada em uma escola da rede pública. No entanto, não precisa ser só de Niterói, pode ser do Grande Rio ou municípios ao redor”.
A partir dos 9 anos, a criança começa com um teste de natação. “Para poder velejar, é preciso saber nadar”. Segundo Fernanda, o limite máximo é de 25 anos, pois o projeto conta com os esportes e a parte de iniciação profissionalizante, que é o “Mar de Oportunidades”.
Se a prática da Vela requer uma preparação física muito grande, a coordenadora diz que não, que na verdade a metodologia do Projeto Grael é que a criança aprenda a velejar brincando. Questionada sobre no que a prática da vela pode interferir no físico e no emocional do aluno que chega ao projeto, Fernanda responde: “A vela é um esporte muito rico de particularidades, onde a criança tem uma grande responsabilidade, de pilotar o seu barco, muitas das vezes ela se encontra sozinha”. Segundo ela, no Projeto Grael, são utilizadas duas classes de barcos: o Optimist, onde se veleja sozinho, até os 15 anos, e o Dingue, onde se trabalha em dupla. “Nós temos todo um apoio, porque os professores vão em botes motorizados, mas essa característica do esporte, onde a criança se encontra numa situação onde tem que tomar decisões, onde tem que vencer o próprio medo e perseverar no seu desafio de resolver os problemas naquele momento, isso trabalha muito a autoconfiança, então, é um esporte ímpar, porque trabalha o cognitivo, o emocional e a parte motora, de maneira muito forte”, afirma.
Imagem: Rafael Sardenberg

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