A Seleção Brasileira fez um papel muito abaixo do que se esperava Copa-2014, disputada em casa. Sem padrão tático, sem nenhuma variação de jogadas, previsível, foi avançando até às quartas-de-final aos trancos e barrancos, e quando pegou, dentro do nível técnico encontrado na competição, fortes equipes, como a Alemanha, futura campeã, na semifinal, e a Holanda, na disputa do 3º lugar, já sabemos o que aconteceu.
Defendo que um grande fator que levou a isso é que 8 dos 23 jogadores convocados por Luiz Felipe Scolari, o Felipão, foram atuar no futebol europeu sem praticamente terem jogado no Brasil, o que fez com que eles perdessem o estilo brasileiro de atuar e passassem a ter o estilo europeu. Além disso, muitos dos outros convocados, mesmo tendo jogado mais tempo no futebol brasileiro antes de se transferirem para a Europa, já estão há muito tempo no Velho Continente, atuando dentro da maneira europeia.
Então, o Brasil perdeu muito aquele estilo que sempre encantou o mundo, com muitos dribles, velocidade, meio-campo criativo, com bom toque de bola...
Enquanto continuar no estilo europeu, a Seleção Brasileira sempre ficará atrás das equipes europeias, muito mais acostumadas a atuar dessa forma, muito mais organizadas e treinadas de forma mais pragmática, por não ter em geral o mesmo talento que tinham os jogadores brasileiros de outros tempos.
A grande questão é: como manter aqui no futebol brasileiro os grandes jogadores que surgem, se não há como concorrer com os muitos milhões de euros oferecidos pelos maiores clubes da Europa e do mundo? Sabe-se muito bem que o maior jogador surgido no futebol brasileiro provavelmente desde Ronaldo "Fenômeno", o ainda garoto Neymar, de apenas 22 anos, saiu para o Barcelona apenas em 2013, depois de 4 anos no Santos, e não antes, porque ele não quis, recusando propostas milionárias de grandes equipes europeias.
Imagem: verdinha.com.br
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