A atual crise da Ucrânia tem início em novembro de 2013, com a rejeição do então presidente ucraniano, Viktor Yanukovytch, à assinatura de acordos comerciais do país com a União Europeia (UE), preferindo se aproximar da Rússia. O acordo com a União Europeia era negociado havia três anos e sua rejeição pelo presidente ucraniano causou grande revolta em parte da população, que iniciou violentos protestos no oeste e no norte do país, favoráveis à integração da Ucrânia à União Europeia. Já o sul e o leste da Ucrânia, com grande contingente populacional de origem russa, são favoráveis à aproximação da Rússia, caminho tomado por Yanukovytch.
O presidente russo, Vladimir Putin, para conseguir o apoio de Yanukovytch, ofereceu à Ucrânia um pacote de ajuda financeira de US$ 15 bilhões, além da redução do preço do gás importado da Rússia.
Com o aumento da violência dos protestos, o presidente ucraniano, Viktor Yanukovytch, é afastado do cargo pelo Parlamento, e foge para a Rússia.
A situação, até março, era crítica principalmente na Crimeia, no sul do país, às margens do Mar Negro, uma das regiões com maior contingente populacional de origem russa da Ucrânia e de localização extremamente estratégica. No último dia 16 de março, com apoio do governo russo, aconteceu um referendo na Crimeia, para que a população votasse se se mantinha como república autônoma da Ucrânia ou se se anexava à Federação Russa, e o resultado, como já esperado, foi a escolha pela segunda opção. O referendo, considerado ilegal pelo novo governo ucraniano e pelas principais potências mundiais, aumenta ainda mais a tensão na região. Deve-se frisar que, apesar de fazer parte do território ucraniano, existe na cidade de Sevastopol, na Crimeia, uma base naval que abriga a frota russa.
No leste da Ucrânia, assim como ocorreu na Crimeia, também há forte movimento separatista pró-Rússia, e o exército ucraniano já se prepara para um ataque em defesa da unidade territorial da região, o que coloca a Ucrânia à beira de uma guerra civil.
A situação é muito grave e as principais potências mundiais deveriam se mobilizar contra a intervenção russa na região da Ucrânia, avisando ao presidente russo, Vladimir Putin, para cessar imediatamente a tentativa de desestabilização e posterior anexação de territórios do país à Federação Russa, sob pena não apenas de sanções econômicas, mas também de retaliação militar imediata, em caso de negativa.
Imagem: dw.de
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